sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Parte V - O Donnie não é parvo!!!

O Donnie chegou a Viseu e deu-se conta que o seu aspecto não era muito agradável para as gentes dali.

Decidiu ir comprar um fato à Rua Direita dos bons e baratos com estilo e cortar o cabelo no Videira do Rossio.
De seguida dirigiu-se à Câmara Municipal de Viseu e pediu o número de licença de construção do Lote 84, o que até foi fácil. Ali apercebeu-se que havia um Eng. responsável pela licença e que nunca tinha sido chamado à razão.
Mas como era possível haver uma licença dada a uma obra que mais tarde viria a ser embargada pela mesma Câmara Municipal e esse Eng. ainda continuar no activo sem contas prestadas à justiça. O Donnie esfregou a orelha esquerda, e depois de uma reflexão rápida mas mordaz concluiu que tinha de entrar em acção... Não podia deixar isto assim.. ele ía entrar em acção!

(continua)

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Parte IV - Os Sopranos vs Donnie Brasco

O Tomás e a Matilde eram boas pessoas e não sabiam o que fazer... Continuavam a pensar que aquilo se iria resolver... mas a realidade era tão cruel...



Entretanto a empresa construtora (Construções Beiral) já tinha recebido centenas e centenas de milhares de euros, como sinal e princípio de pagamento dos apartamentos e lojas e de repente... tudo parou... Os sócios continuavam a gozar os rendimentos, impávidos e serenos sem declararem falência, vivendo como se nada tivesse acontecido. A Caixa Geral de Depósitos não se importa: tem lá o LOTE para se pagar do capital e dos juros e, os compradores estão sem dinheiro e sem expectativas...

GRANDE PAÍS O NOSSO!... Onde anda a JUSTIÇA? Estes eram os pensamentos que percorriam as mentes daquela família... Então lembraram-se de fazer o que ninguém se lembraria pois também não lhes restavam grandes alternativas... Decidiram chamar o Donnie...
(continua)

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Parte III - A seita tem um radar...

Se aquilo era verdade ou não já não interessava aquele jovem casal pois cada vez mais longe viam o seu futuro lar, pois também sabiam que as relações entre as Construções Beiral e o gerente da Caixa Geral de Depósitos, Sr. Aurélio não eram as melhores. Isto afirmado pelo próprio Sr. Santos, sócio da Constr. Beiral, à maior parte dos promitentes compradores, numa reunião no mês de Julho de 2003, no escritório da empresa, em Jugueiros.

Como atrás se disse o pédio foi embargado, tendo sido necessário alterar o projecto e pagar as respectivas despesas de alteração na Câmara Municipal de Viseu.



O casal foi informado, pesoalmente, pela C.G.D, na pessoa do Sr. Aurélio, que estas despesas já foram pagas aquando da venda de um terreno das Construções Beiral. E foram pagas pela C.G.D.. Não entenderam muito bem mas a informação que receberam foi esta.
Como foi possível manter-se esta situação? - pensava o jovem casal...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Parte II - A Culpa?

O casal ficou despedaçado... os seus corações batiam mais forte e sangravam lágrimas de angústia em relação ao futuro incerto... Triste sorte...



A partir daqui começaram as desculpas do Sr. Santos: "...a culpa é da Câmara Municipal de Viseu" e mais tarde, "... a culpa é da Caixa Geral de Depósitos".

Ninguém sabia pormenores. O casal falava com os outros compradores mas em vão. Todos tinham sido apanhados de surpresa. Quase todos... Mas isso ficará para outra parte da história...

Hoje, no casal as dúvidas não existem. Está tudo hipotecado à Caixa Geral de Depósitos.
A História é esta:
Em 2001 a Câmara Municipal de Viseu prometeu às Construções Beiral deixar fazer, naquele Lote 84, mais 5 apartamentos do que aquilo que constava do projecto, para compensação de um Bloco que havia sido começado na zona da Rotunda Carlos Lopes em Viseu, e que teria sido deitado abaixo, quando já estava na 3ª placa. Isto é o que toda a gente sabe mas ninguém pode provar. A Câmara teria actuado apenas verbalmente, mas quando houve uma verificação, neste lote 84, e viram mais 5 apartamentos, a Câmara Municipal de Viseu deu o dito pelo não dito... Ora, o prédio foi embargado. O tempo foi passando. Os juros, na Caixa Geral de Depósitos foram aumentando. (Consta-se que a C.G.D. teria dado mais dinheiro à empresa construtora, do que o legalmente estabelecido devido talvez, sabe-se lá porquê, à confiança excessiva que esta lhe oferecia)

(continua)

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Parte I - O Lote 84

A minha terra é muito bonita... talvez das mais bonitas cidades da Beira Alta. Mas é pena que os casais jovens em início de vida sejam escorraçados, roubados e humilhados... E tudo com os altos senhores do poder local a ver e nada fazer senão vejam:

Em 2001 um jovem e feliz casal fez um contrato de compra e venda de um apartamento num LOTE 84 daquela nova zona perto do Politécnico, junto ao Bar Palha d'Aço, com uma Empresa Construtora chamada "Construções Beiral, LDA". Deram um sinal de 25 ooo euros(aproximadamente 5000 contos) com o compromisso de dar o restante na altura da escritura. Planos de um futuro risonho, viam-se nos seus rostos... o futuro tristonho esperava-os.


As obras decorriam, eles iam escolhendo os materiais, algumas alterações na planta, os habituais sonhos da decoração perfeita para um novo lar.

Mas um dia tudo parou... mais ou menos 2 anos depois de terem dado o sinal... e o prédio ali quase concluído... tal qual como hoje em dia se encontra.

Os empregados foram todos para o desemprego, enquanto o Sr. Santos (José Amaral dos Santos), um dos sócios da empresa construtora, continuava a afirmar ao casal e a todos os outros futuros moradores, que as obras iam prosseguir, indicando, várias vezes, o próprio dia em que recomeçariam, dando um falso alento às almas já perdidas.

(continua)